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“Paredes vivas” podem reduzir perda de calor em edifícios

por Taina Bueno

O estudo, publicado na revista científica Building and Environment, examinou os efeitos do retrofit de um edifício existente com uma parede viva feita de tecido de feltro e bolsos que permitem a colocação de solo e plantas.

O edifício em questão era o Centro de Sustentabilidade da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, construído antes dos anos 1970.

Na pesquisa, uma parte do edifício foi coberta por uma parede viva e outra não. Ambas as partes têm a mesma elevação e estão voltadas para o oeste.

Foto do edifício do estudo de caso, mostrando os locais da configuração do monitoramento: Location 1: sem parede viva; Location 2: com a parede viva. Fonte: Mattew e colaboradores.

A equipe realizou medições ao longo de cinco semanas, e descobriu que a parede com a fachada viva perdeu 31,4% menos calor em comparação com a sem, também tendo uma temperatura mais estável ao longo do dia, o que significa que requer menos energia para aquecer.

Solução simples para problema antigo

No Reino Unido, os edifícios são responsáveis ​​por 17% de todas as emissões de gases de efeito estufa, e o aquecimento do ambiente é responsável por 60% disso, de acordo com os pesquisadores.

“Na Inglaterra, aproximadamente 57% de todos os edifícios foram construídos antes de 1964. Embora os regulamentos tenham mudado mais recentemente para melhorar o desempenho térmico de novas construções, são os nossos edifícios existentes que requerem mais energia para aquecer e contribuem significativamente para as emissões de carbono.” Disse o autor principal do estudo, Dr. Matthew Fox, em um comunicado.

Não se trata apenas de quão bem uma parede viva pode isolar edifícios – também se trata de outras propriedades de tal abordagem, por exemplo, as capacidades de sequestro de carbono do solo e das plantas. Uma parede que potencialmente não apenas reduz as emissões, mas também remove o dióxido de carbono da atmosfera.

“Com uma população urbana em expansão, a infraestrutura verde é uma solução potencial baseada na natureza que oferece uma oportunidade para lidar com as mudanças climáticas, poluição do ar e perda de biodiversidade, ao mesmo tempo que facilita o crescimento econômico de baixo carbono. As paredes vivas podem oferecer melhor qualidade do ar, redução de ruído e saúde e bem-estar elevados”, acrescentou o co-autor Dr. Thomas Murphy, pesquisador industrial do projeto.

Fontes:

‘Living wall’ reduces heat loss by over 30 per cent. The Engineer. 25 de novembro, 2021.

“Living Walls” Made Of Plants Could Reduce Heating Costs And Environmental Impacts. IFLScience. 30 de novembro, 2021.

Mattew Fox e colaboradores. Living wall systems for improved thermal performance of existing buildings. Building and Environment. 2022.

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