Uma equipe de cientistas interdisciplinares do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveu o conceito de um escudo solar planetário externo que reduzirá os efeitos das mudanças climáticas, limitando a radiação que atinge a superfície da Terra.
O conceito de “bolhas espaciais” é baseado no trabalho de Roger Angel, que em 2006 propôs colocar finos filmes refletivos em órbita ao redor da Terra.
Agora, os pesquisadores do MIT desenvolveram essa ideia, tornando-a facilmente implantável e totalmente reversível.
Os escudos estariam localizados a aproximadamente 2,5 milhões de quilômetros da Terra, usando um mecanismo de estabilização ainda a ser projetado.
As bolhas seriam feitas de um material de filme fino e fabricadas no espaço onde, quando interligadas, cobririam uma área aproximadamente do tamanho do Brasil.
Outra vantagem deste escudo solar em particular é que ele é reversível, pois as bolhas podem ser esvaziadas e removidas de sua posição.
As esferas seriam feitas de um material como o silício, transportado para o espaço na forma fundida, ou líquidos iônicos reforçados com grafeno.
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O professor Carlo Ratti, do Senseable City Lab do MIT, disse: “Acreditamos que o avanço dos estudos de viabilidade de um escudo solar para o próximo nível pode nos ajudar a tomar decisões mais informadas nos próximos anos, caso as abordagens de geoengenharia se tornem urgentes”.
“As soluções baseadas no espaço seriam mais seguras – por exemplo, se desviarmos 1,8% da radiação solar incidente antes de atingir nosso planeta, poderíamos reverter totalmente o aquecimento global de hoje” ressalta o professor.
Fonte: Global Civil Engineering.