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Noruega pode construir o primeiro “túnel flutuante” do mundo

por Taina Bueno

O lado oeste da Noruega é composto por 1.190 fiordes, que, embora bonitos, dificultam muito a viagem ao longo da costa do país.

Atualmente, a viagem da cidade de Kristiansand, no sul, até Trondheim, no norte, leva 21 horas e requer sete travessias de balsa.

Para tornar essa viagem mais fácil, a Norwegian Public Roads Administration (NPRA) propôs o primeiro túnel flutuante subaquático do mundo, que seria submerso no Mar da Noruega.

A construção está prevista para custar US$ 25 bilhões, e os planos fazem parte de um projeto maior e inovador de infraestrutura de US$ 40 bilhões.

Como seria?

O plano inclui pontes e o túnel rochoso mais profundo e longo do mundo – perfurado através da rocha sob o fundo do mar – medindo 392 metros de profundidade e 27 quilômetros de comprimento.

Mas o aspecto mais ambicioso é o desenvolvimento de túneis flutuantes submersos: o túnel subaquático flutuante consistiria em dois tubos de concreto de 1.220 metros de comprimento, submersos 20 metros abaixo da superfície do Mar da Noruega.

Exemplo do túnel fixado em pontões. Imagem de: NPRA.

O termo “flutuante” talvez seja até enganoso. Os túneis são fixados em posição com cabos – ancorados ao fundo do mar ou amarrados a pontões que são espaçados o suficiente para permitir a passagem de barcos. Feitos de concreto, eles funcionariam como túneis convencionais, transportando veículos de uma ponta a outra de um fiorde.

Se for bem-sucedida, a Noruega poderá vencer uma corrida global contra países como China, Coreia do Sul e Itália, que estão pesquisando projetos semelhantes.

Projeção da parte interna do túnel. Imagem de: NPRA.

Desafios

Os maiores riscos do projeto são explosões, incêndios e sobrecarga, e por isso testes extensivos são essenciais.

A NPRA está trabalhando com o Centro de Análise Estrutural Avançada (CASA) da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, usando explosivos vivos para “investigar como as estruturas tubulares de concreto se comportam quando submetidas a cargas de explosão internas”, disse o pesquisador da CASA, Martin Kristoffersen.

Os testes vão ajudar a equipe a entender o que aconteceria com a estrutura do túnel se, por exemplo, um caminhão que transportasse mercadorias perigosas explodisse em seu interior.

Os resultados até agora indicam que a pressão constante da água que envolve os túneis flutuantes reduz os danos causados pelas explosões.

A NPRA pretende concluir iniciar a construção em breve e concluir até 2050.

Fontes: CNN e Designing Buildings.

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