Milhões de pessoas que vivem nas cidades chinesas enfrentam uma rápida subsidência, de acordo com um novo estudo importante.
Dezenas de investigadores liderados por Ao Zurui, da South China Normal University, utilizaram uma técnica de radar de satélite chamada “radar interferométrico de abertura sintética” (InSAR) para medir a subsidência de terras em todas as principais cidades da China entre 2015 e 2022.
O estudo, publicado na revista Science, descobriu que 45% dos terrenos urbanos estão afundando mais rápido do que 3 mm por ano, enquanto 16% estão afundando mais rápido do que 10 mm por ano.
Os pesquisadores disseram que a causa parece ser uma série de fatores, incluindo a retirada de água subterrânea e o peso dos edifícios.
A China expandiu rapidamente as suas cidades entre 1980 e os dias atuais.
Nesse período, a população urbana do país passou de 19% do total para 64%, cerca de 896 milhões de pessoas, afirma o Banco Mundial.
Segundo o estudo, 29% deles são afetados pela taxa mais lenta de subsidência, enquanto 7%, ou 62,7 milhões de pessoas, são afetados pela taxa mais rápida.
Dentro de cem anos, até 26% das terras costeiras da China estarão abaixo do nível do mar, diz o estudo, devido ao efeito combinado da subsidência e da subida do nível do mar.
As cidades afetadas pela subsidência deveriam aprender com Tóquio, disse Robert Nicholls, do Centro Tyndall para Pesquisa em Mudanças Climáticas da Universidade de East Anglia, à Reuters.
Ele disse que Tóquio afundou cerca de 5 metros até proibir a extração de água subterrânea na década de 1970.
Fonte: Global Construction Review.
Imagem de: xiquinhosilva, CC BY 2.0 https://creativecommons.org/licenses/by/2.0, via Wikimedia Commons