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Empresa Hubble Network alcança a primeira conexão Bluetooth diretamente ao espaço

por Blog do Canal

A empresa usa chips Bluetooth prontos para uso e os atualiza usando um patch de software que permite comunicação de longa distância.

Em 4 de março, a missão de compartilhamento de viagens Transporter-10 da SpaceX, lançada da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, colocou em órbita dois satélites pertencentes à Rede Hubble, com sede em Seattle.

Esses satélites alcançaram agora a façanha aparentemente impossível de estabelecer uma conexão Bluetooth com a Terra a mais de 370 milhas (600 km) de distância.

Fundada em 2021 por Alex Haro, Ben Wild e John Kim, a Hubble Network tinha uma tarefa difícil pela frente, visto que as conexões Bluetooth podem falhar notoriamente quando os usuários estão na mesma sala.

Wild, fundador de outra empresa que lida com Internet das Coisas (IoT), ficou chocado quando ouviu falar do conceito pela primeira vez. No entanto, através de suas experiências com dispositivos IoT, ele concorda que eles consomem muita energia, são extremamente caros para operar e não oferecem conectividade global.

A solução para este problema está nas conexões Bluetooth de baixo consumo que o Hubble acaba de demonstrar. “Ao demonstrar que podemos enviar sinais diretamente de chips Bluetooth e recebê-los no espaço a mais de 600 km de distância, refutamos milhares de céticos que afirmavam que o que estávamos tentando era impossível”, disse Haro, CEO do Hubble, em um comunicado à imprensa.

Como funciona a tecnologia?

O Hubble não está reinventando a tecnologia Bluetooth de forma alguma. Em vez disso, seus satélites se comunicam com chips Bluetooth de 3,5 mm disponíveis no mercado que receberam apenas uma atualização de software. A atualização permite que os chips se comuniquem por longas distâncias usando baixa potência, incluindo um satélite em órbita no espaço.

A antena phased array do satélite, que funciona como uma lupa, pode captar os sinais de baixa potência dos chips no solo. A equipe também teve que descobrir problemas relacionados ao Doppler e incompatibilidades de frequência na comunicação, à medida que dados eram trocados entre objetos viajando em alta velocidade, disse a Tech Crunch em seu relatório.

A empresa afirma ter resolvido o problema de conectividade global reduzindo o consumo de bateria em 20x e os custos operacionais em 50x. A empresa pretende conectar um bilhão de dispositivos em todo o mundo e transformar vários setores com sua tecnologia.

Fonte: Interesting Engineering.

Imagem de kjpargeter no Freepik

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