Pesquisadores da Universidade do Estado de Utah, nos EUA, estão exultantes com a assinatura de um contrato para que uma empresa de telefonia teste na prática sua nova tecnologia de antena 5G – e além.
Com potencial para revolucionar a indústria de telecomunicações, a tecnologia consiste em uma “antena multifuncional reconfigurável”, o que significa que a antena pode se adaptar à direção e à frequência do sinal que ela deve transmitir ou receber.
Desde o surgimento das transmissões de rádio, as antenas são tipicamente capazes de transmitir e receber sinais da maneira mais espalhafatosa possível – em todas as direções.
Isso está longe de ser o melhor dos mundos porque é ineficiente, desperdiça energia e, no mundo repleto de ondas de hoje, polui o ambiente com múltiplas frequências, que vão aonde não são necessárias e ainda funcionam como ruído para as demais comunicações.
A equipe do professor Bedri Cetiner desenvolveu então uma antena que envia e recebe sinais não apenas de modo direcionado – em uma única direção – como também permite ajustar a forma de onda e a frequência de transmissão/recepção, o que economiza energia e utiliza melhor o espectro eletromagnético.
Projetos de antena aprimorados são essenciais para acompanhar as demandas crescentes dos dispositivos móveis.
Curiosamente, a antena reconfigurável foi inspirada na pele dos camaleões, animais que podem mudar a cor da pele em resposta a alterações no ambiente. A diferença é que a antena é projetada para lidar não com a luz visível, mas com outras frequências do espetro eletromagnético.
A antena consiste em uma superfície cuja geometria pode ser alterada dinamicamente e que é colocada no campo próximo de uma antena. A alteração dinâmica dessa geometria permite alterar as propriedades da antena, incluindo a frequência, polarização e padrão de radiação.
A superfície consiste em vários elementos conectados uns aos outros por meio de pequenos interruptores. Dependendo de quais interruptores são ligados ou desligados, a matriz de elementos pode assumir uma forma diferente, dando-lhe a dimensão necessária para detectar melhor um sinal específico.
Os testes com a nova antena serão feitos pelas empresas Verana Networks, que licenciou a tecnologia desenvolvida na universidade, e pela concessionária Verizon.
Fonte: Inovação Tecnológica.