Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de dois bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso fácil à água potável.
Nesse sentido, para alguns países, as usinas de dessalinização oferecem uma boa solução: a ideia é remover o sal da água do mar para satisfazer suas necessidades de água doce.
O Oriente Médio tem a maior concentração dessas usinas no mundo, mas essas plantas, ainda alimentadas principalmente por combustíveis fósseis, consomem muita energia.
Além disso, o processo cria um efluente extremamente salgado conhecido como salmoura, que pode danificar ecossistemas marinhos e animais quando é bombeado de volta ao mar.
Estufas Flutuantes
Algumas startups e pesquisadores estão atualizando a tecnologia de destilação solar centenária, que usa apenas a luz solar para purificar a água.
Embora a tecnologia ainda esteja longe de produzir o volume de água doce gerado pelas usinas de dessalinização, ela pode ser valiosa para comunidades fora da rede ou costeiras.
Recentemente, a startup Manhat, com sede em Abu Dhabi, divulgou que está desenvolvendo um dispositivo flutuante para destilar água sem precisar de eletricidade ou criar salmoura.
A estrutura é como uma estufa que flutua na superfície do oceano: a luz do sol aquece e evapora a água sob a estrutura – separando-a dos cristais de sal que são deixados para trás no mar – e à medida que as temperaturas esfriam, a água se condensa em água doce e é recolhido no seu interior.
No início deste ano, a tecnologia patenteada da Manhat ganhou o prêmio Water Europe Innovation para pequenas e médias empresas com soluções inovadoras no setor de água, elogiado por sua capacidade de produzir água doce com “pegada de carbono zero e rejeição de salmoura zero”.
A startup planeja aproveitar sua tecnologia em fazendas flutuantes, que usariam seus dispositivos de dessalinização para fornecer irrigação de água doce para culturas sem a necessidade de transporte de água e suas emissões associadas.
Fonte: CNN News.