Pesquisadores de energia no Novo México usaram energia solar concentrada para assar lotes de pimentas verdes, abrindo a possibilidade de usar o sol para a preparação de alimentos em alta temperatura.
O projeto piloto foi liderado por Kenneth Armijo, um engenheiro do Sandia National Laboratories que cresceu em uma fazenda de pimenta no Novo México.
Com a ajuda de colegas da Sandia, Armijo colocou um tradicional torrador de pimenta de tambor de aço no topo da torre de 60 metros no National Solar Thermal Test Facility de Sandia, protegendo o mecanismo do rotor do intenso calor solar.
Usando entre 38 e 42 dos 212 heliostatos da instalação, Armijo conseguiu atingir uma temperatura próxima a 500 graus Celsius uniformemente no tambor de torrefação, comparável à temperatura de um torrador tradicional movido a propano.
“O princípio por trás desta pesquisa era ver se a torrefação de alimentos em alta temperatura, não apenas pimentas, poderia ser feita com energia solar e produzir resultados comparáveis à torrefação tradicional de propano, e a resposta é sim”, disse Armijo.
“Usamos pimenta verde para mostrar a cultura do Novo México. Combinar as instalações e pesquisas de última geração do Sandia National Labs com a cultura, a comida e o povo do Novo México é tão especial. Que outro laboratório nacional no mundo teria feito isso?”
Trocar de propano por energia solar apenas no Novo México para assar pimenta poderia economizar cerca de 7.800 toneladas métricas de dióxido de carbono por ano – o equivalente a tirar cerca de 1.700 carros das ruas.
Além disso, a equipe acredita que a técnica pode ter aplicações muito mais amplas em outros alimentos, incluindo soja, nozes e café.
Armijo e seus colegas estão trabalhando em uma versão portátil do torrador solar que não depende de uma grande variedade de helióstatos para atingir temperaturas extremas de torra.
Confira o vídeo que mostra o funcionamento do dispositivo, disponibilizado pela The Engineer Magazine:
Fonte: The Engineer.