Pesquisadores brasileiros tentam desvendar o por quê de em algumas regiões brasileiras, e mais fortemente na região amazônica, os aparelhos de GPS simplesmente começam a se comportar de maneira errática, fornecendo leituras erradas mescladas com leitura corretas.
A teoria mais forte para explicar esse enigma associa as anomalias nos sinais de GPS com bolhas de plasma no espaço.
Para confirmar essa teoria, o satélite SPORT (Scintillation Prediction Observations Research Task) foi construído, como fruto de uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial Norte-americana (NASA), assinada em 18 de março de 2019, em Washington.
O lançamento aconteceu no dia 26 de novembro, às 14h20, horário de Brasília.
O nanossatélite foi desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em parceria com a NASA, com instrumentos científicos providos pelas Universidades Estaduais de Utah, do Texas e do Alabama; e pela empresa Aerospace Co. Os testes de integração e a operação contam com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE).
Os dados captados pelo satélite serão usados pelo Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (Embrace), coordenado pelo INPE. Nos Estados Unidos, o SPORT está sob a responsabilidade do Marshall Space Center da NASA, em Huntsville, Alabama.
Em julho deste ano, o SPORT passou por uma revisão de pré-embarque realizada pelo Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE. Essa etapa foi necessária para que o satélite fosse enviado aos Estados Unidos, para os aprontos finais de lançamento, sob responsabilidade da NASA.
O satélite tem como destino a Estação Espacial Internacional (ISS) e, a partir dela, o equipamento será colocado em órbita baixa da Terra.
Fontes: Inovação Tecnológica e Istoé.