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São Paulo terá prédio com 219 metros

Impulsionada por mudanças urbanísticas e pela demanda por moradia em regiões centrais, São Paulo vive um boom na construção civil com a multiplicação de arranha-céus residenciais.

O cenário urbano de São Paulo vive uma transformação marcante impulsionada pela crescente verticalização. Nos últimos anos, a cidade tem se destacado no cenário internacional com o aumento expressivo de arranha-céus, alcançando a 76ª posição no ranking global do Skyscraper Center, plataforma especializada que monitora os edifícios mais altos do mundo. Essa tendência não só remodela o horizonte paulistano, mas também revela mudanças importantes no perfil da construção civil na capital.

Alto das Nações será o prédio mais alto de São Paulo

Historicamente marcada por edifícios comerciais, São Paulo vem assistindo a uma virada de chave nos projetos de grande porte. Hoje, os empreendimentos mais altos são majoritariamente residenciais ou de uso misto, reunindo moradia, escritórios e comércio em um mesmo complexo.

Essa mudança foi possível graças à flexibilização das normas urbanísticas — especialmente o Plano Diretor e a revisão do zoneamento — que passou a permitir construções mais altas em diversas regiões da cidade.

Um exemplo emblemático dessa nova fase da construção em São Paulo é o complexo Alto das Nações, da construtora WTorre. Em construção na Chácara Santo Antônio, zona sul da capital, o empreendimento atingirá 219 metros de altura quando concluído, tornando-se o edifício mais alto da cidade. O terreno do projeto tem valor histórico: foi ali que o Grupo Carrefour inaugurou seu primeiro hipermercado no Brasil, em 1975.

O avanço dos arranha-céus em São Paulo reflete também a crescente valorização imobiliária em regiões centrais e a escassez de terrenos disponíveis.

Incorporadoras têm investido em projetos verticais como forma de otimizar o uso do solo e atender à demanda por habitação em áreas com infraestrutura já consolidada.

A verticalização, nesse contexto, surge como resposta à busca por bairros mais compactos, conectados e autossuficientes — princípios alinhados ao urbanismo sustentável.

Prós e contras da verticalização

Apesar do crescimento no setor da construção e do entusiasmo do mercado imobiliário, a verticalização não é unanimidade. Urbanistas e moradores demonstram preocupação com possíveis impactos no trânsito, no abastecimento de água e na infraestrutura urbana.

Por outro lado, defensores argumentam que prédios altos bem planejados ajudam a conter a expansão horizontal da cidade, preservando áreas verdes e reduzindo deslocamentos.

Top 5 dos edifícios mais altos de São Paulo

Confira os edifícios que marcam o novo céu paulistano:

  • Alto das Nações — 219 metros;
  • Platina 220 – 172 metros;
  • Infinity Tower — 165 metros;
  • Figueira Altos do Tatuapé — 152 metros;
  • WTorre Morumbi — 150 metros.

Com novos empreendimentos em andamento e mudanças nas políticas urbanas, São Paulo se consolida como referência na construção vertical no Brasil.

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