Aberto ao público no início de agosto, o Sampa Sky já é um dos pontos turísticos mais visitados da capital paulista neste ano.
Tudo para ter a sensação de “flutuar” a uma altura de 150 metros e ter uma vista poderosa da maior cidade do Brasil.
O novo espaço fica no 42º andar do prédio mais alto de São Paulo, o Mirante do Vale, aos pés do Viaduto da Santa Ifigênia.
O Sampa Sky consiste em duas estruturas de vidro retráteis, que saem pela fachada e formam uma varanda transparente acima da avenida Prestes Maia.
Aos pés da construção, estão as ruas, prédios e casas do centro da cidade.
A atração foi inspirada no Sky Deck de Chicago, nos Estados Unidos, e tem o diferencial de permitir a vista do mapa de pontos turísticos da metrópole: do Farol Santander, passando pela silhueta dos edifícios da Avenida Paulista, até a Prefeitura e a Praça das Artes. Mais adiante, dá para vislumbrar até as cidades do ABC.
O espaço de vidro conta com uma película de proteção, garantindo que o mirante não ofereça risco aos visitantes. Em entrevista ao jornal Metrópoles publicada no início do mês de agosto, um dos sócios do empreendimento, Alessandro Martineli, explicou que o projeto demorou mais de dois anos para sair do papel porque houve grande dedicação de tempo para garantir a estabilidade e segurança dos decks, “em um projeto de estrutura inédita no Brasil”.
Um deck retrátil
O diferencial da estrutura é sua característica retrátil: os decks envidraçados são recolhidos para dentro do prédio todos os dias, pois a fachada não pode ser alterada permanentemente, já que o edifício é tombado pelo patrimônio histórico.
Multilaminados temperados garantem a segurança de quem entra nas caixas de vidro: a resistência da estrutura chega a mais de 30 toneladas.
São quatro peças de vidro com 10 milímetros cada, unidas por PVBs estruturais.
Por serem multilaminados temperados com muitos furos, as dimensões das peças e o perfeito alinhamento entre elas seriam alguns dos itens críticos durante o processamento”, explica Márcio Caraça, coordenador de Produção da GlassecViracon, empresa processadora dos vidros utilizados.
Durante a têmpera, todos os vidros foram avaliados por um scanner de monitoramento online, de forma a assegurar a qualidade planimétrica desejada e eliminar as distorções características dos vidros temperados.
Com isso, foi possível garantir a excelência na visualização da paisagem sem perder a segurança oferecida pelo material.
A especificação, instalação e acompanhamento técnico da montagem dos vidros ficaram a cargo da empresa paulistana HolyGlass.
A pandemia prejudicou a locomoção de pessoas e materiais envolvidos na obra, incluindo a execução dos serviços: as peças tiveram de subir até o 42º andar via elevador, ao invés de serem içadas por guindastes, um processo que seria muito mais custoso.
Ferragens de aço inox garantiram a resistência mecânica necessária.
“Como o cubo de vidro precisava estar estruturado em si mesmo, as ligações das partes laterais e do piso se ‘amarram’ junto da estrutura metálica que faz a sustentação de todo o conjunto”, explica o engenheiro civil Charlston Thiago Stringhini, proprietário da HolyGlass.
Para maiores informações sobre visitação, só acessar https://www.sympla.com.br/.
Fontes:
Sampa Sky: mirante de vidro em SP vira atração concorrida e com fila. Metrópoles. Agosto, 2021.
Sampa Sky é nova atração internacional de São Paulo. Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos – Abravidro. Agosto, 2021.
Revista O Vidro Plano – edição 584 (agosto de 2021). Acesse a revista aqui.
Imagem Mirante do Vale: Wilfredor, CC0, via Wikimedia Commons.
Imagem de Capa: Gaf.arq, CC BY-SA 3.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0, via Wikimedia Commons.