A gasolina sintética começou a ser pesquisada há alguns anos atrás, mas ainda se encontrava em escala experimental, até agora.
A primeira usina de produção em massa de gasolina sem petróleo começou a sua operação no fim de 2022 (em 20 de dezembro) em Magalhães, extremo sul do Chile.
Chamada de Haru Oni, a planta combina energia elétrica, água e CO2 para gerar e-Metanol e, por fim, gasolina neutra em carbono a partir da eletricidade.
Por isso mesmo, os combustíveis gerados são chamados de eletro combustíveis ou combustíveis elétricos (e-Fuels).
A fábrica é de propriedade da Porsche, e pretende produzir 550 milhões de litros por ano, e a operação é um consórcio entre a Siemens Energy, Porsche, HIF Global, entre outros gigantes.
A base do processo de sintetização dos combustíveis é o hidrogênio, elemento que é produzido em um eletrolisador da Siemens Energy com a energia elétrica das turbinas eólicas da Siemens Gamesa.
Segundo a Siemens Energy, a expectativa é que o sistema produza 130 mil litros de combustível sintético por ano ainda em 2023 . Após essa fase piloto, o projeto crescerá gradualmente até atingir 55 milhões de litros por ano até a metade da década . Cerca de dois anos depois disso, ou seja, por volta de 2027, a projeção da capacidade produtiva deve chegar a 550 milhões de litros por ano .
Se levarmos em consideração apenas a gasolina, a projeção de demanda do combustível no Brasil da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão do governo brasileiro, será de 38,1 bilhões de litros em 2023 . O nível de produção de combustível sintético em 2027 poderia ser uma saída para suprir parte da demanda.
Imagem de capa: Rudy and Peter Skitterians por Pixabay.