Com a popularidade da madeira crescendo na indústria da construção, um dos maiores desafios é a inflamabilidade desse material.
Quando não tratada, a madeira pode queimar e entrar em combustão facilmente.
Por exemplo, no Grande Incêndio de Londres de 1666, uma grande parte do centro de Londres foi incendiada, pois a madeira constituía uma parte importante na construção de edifícios.
Hoje, a maioria dos edifícios é construída usando uma combinação de aço, concreto e vidro, todos relativamente menos suscetíveis ao fogo.
Na última década, no entanto, a madeira está ganhando novamente popularidade devido aos custos mais baixos e à construção mais rápida, o que gera ganhos de produtividade de até 35%.
Além disso, se a madeira for extraída de florestas manejadas de forma sustentável, também terá uma pegada de carbono menor quando comparada a construções de aço ou concreto.
As práticas atuais para proteger o interior de edifícios de madeira contra incêndios exigem o uso de painéis ignífugos (normalmente, placas de gesso) ou a madeira deve ser revestida com revestimentos ignífugos semelhantes a tintas, ambos ocultando a madeira natural.
Pensando nisso, cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura (NTU Singapura) desenvolveram um revestimento invisível que pode tornar a madeira “à prova de fogo”.
O novo revestimento invisível desenvolvido pela NTU permite que a beleza natural da madeira brilhe e ainda pode fornecer uma barreira contra chamas quando “ativada” pelo fogo.
O revestimento tem apenas 0,075 milímetros de espessura e é altamente transparente, tornando-o invisível a olho nu.
Quando aquecido por uma chama quente, uma série de reações químicas complexas acontecem, fazendo com que o revestimento se torne um carvão que se expande para mais de 30 vezes sua espessura original.
Este carvão evita que o fogo queime a madeira por baixo, conforme mostrado em um teste de laboratório credenciado.
A equipe da NTU está agora em negociações de licenciamento com diferentes empresas, para colocar o produto no mercado.
Fonte: TechXplore.