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Ørsted projeta estruturas para aves marinhas dentro do maior parque eólico do mundo

A gigante de energia Ørsted está se preparando para construir seu parque eólico Hornsea 3 na costa de East Anglia, com capacidade de 2,85 GW.

Quando finalizada, será a maior usina eólica do mundo. Mas a empresa também tem de proporcionar condições adequadas para a chamada nidificação do kittiwake-de-patas-negras (Rissa tridactyla), espécie de ave marinha da família das gaivotas que foi colocada na lista das espécies ameaçadas de extinção.

A construção de estruturas de nidificação para as espécies de aves em vias de extinção é condição para a prossecução da empreitada.

A chamada medida de compensação ambiental deve reduzir o impacto do parque eólico na população de kittiwake, e envolve o fornecimento de estruturas artificiais para que os kittiwake possam fazer seus ninhos, ao longo da costa leste da Inglaterra.

Primeiras estruturas deste tipo no mundo

O parque eólico Hornsea 3 ficará localizado a aproximadamente 121 quilômetros da costa de Norfolk e a 100 quilômetros de Yorkshire, no Mar do Norte.

Os dois parques eólicos offshore próximos, Hornsea 1 e 2, têm uma capacidade combinada de 2,5 GW.

A empresa espera colocar o Hornsea 3 em operação em 2027 e fornecer eletricidade suficiente para abastecer 3,2 milhões de residências no Reino Unido.

A Ørsted, responsável pela usina, apontou que medidas efetivas de compensação ambiental são essenciais para a implementação de projetos eólicos offshore. A empresa disse que realizou uma busca minuciosa por locais adequados para as estruturas artificiais de nidificação do kittiwake.

kittiwake-de-patas-negras. Imagem de: Yathin S Krishnappa, CC BY-SA 3.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0, via Wikimedia Commons.

É o primeiro empreendimento do gênero e a empresa elaborou um design inovador para os ninhos artificiais. As esttuturas foram desenvolvidas por uma equipe de ornitólogos, arquitetos e engenheiros para garantir que sejam atraentes para kittiwake e se encaixem na paisagem.

Cada estrutura terá cerca de 500 unidades para as aves construírem seus ninhos. As três primeiras devem ser concluídas até o final de março, quando começa a época de nidificação.

Estruturas Artificiais para as aves construírem seus ninhos. Imagem de: Ørsted.

As estruturas têm saliências estreitas e lados verticais para imitar as falésias nas quais essas aves nidificam naturalmente. Eles serão colocados de um a 1,5 quilômetros da costa.

Os pontos de nidificação terão oito lados, para que as aves tenham opções diferentes caso algum lado esteja muito ensolarado ou muito ventoso.

Fonte: Balkan Green Energy News.

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