O Brasil vai ganhar mais uma plataforma de petróleo do tipo flutuante: a FPSO P-71.
No fim do mês de maio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) concedeu a licença de instalação para a P-71, que havia sido solicitada pela Petrobrás em setembro do ano passado.
A nova unidade faz parte da família das chamadas plataformas replicantes, e terá capacidade de produção de 150 mil barris de petróleo por dia – uma das plataformas mais produtivas do Brasil.
Atualmente, a P-71 está no Estaleiro Jurong, no Espírito Santo, em fase final de construção.
Você sabe como funciona uma plataforma flutuante?
A sigla para esse tipo de plataforma, FPSO, vem do inglês Floating Production Storage Offloading (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência), modelo que surgiu nos anos 1990.
Essas plataformas geralmente são convertidas a partir de navios petroleiros e, assim como as semissubmersíveis, são ancoradas no solo marinho.
A grande vantagem desse tipo de plataforma é que a capacidade de armazenamento permite que ela opere a grandes distâncias da costa, onde a construção de oleodutos é inviável.
As FPSO têm como principais funções o processamento primário do petróleo extraído do reservatório, separando o óleo do gás natural e dos diversos contaminantes, como gases tóxicos e água oleosa.
Após a separação, a plataforma ainda armazena o óleo produzido em tanques e posteriormente transfere esse óleo para um navio.
Como possui grandes capacidades de processamento e armazenamento, elas são ideais na exploração do petróleo do pré-sal, cuja extração ocorre a grandes distâncias da costa brasileira.
Por dentro da nova plataforma P-71
A P-71 deve ser finalizada em setembro deste ano, para então ser rebocada na bacia de Santos, a 200 quilômetros da costa, onde iniciará suas operações.
Sua construção levou quase 3 anos, e envolveu a China e o Brasil, tendo 4 mil pessoas atuando diretamente só no estaleiro de Jurong e Aracrus, no Espírito Santo.
Quer conhecer essa nova plataforma e todos os seus detalhes? Acompanhe o novo vídeo do Eng. Felipe Rodrigues, aqui do Canal da Engenharia: