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Gigante chinesa do ramo imobiliário terá que demolir 39 prédios em 10 dias

A gigante e endividada empresa imobiliária da China Evergrande divulgou nesta segunda-feira (03) a suspensão da negociação de seus papeis na bolsa de Hong Kong.

O anúncio, que foi feito sem justificativas, aumentou as dúvidas sobre os rumos da companhia que acumula 300 bilhões de dólares em dívidas.

A notícia veio após a mídia chinesa divulgar que a Evergrande teria de demolir um conjunto residencial na província de Hainan com 39 prédios em 10 dias, uma vez que a licença da construção teria sido obtida ilegalmente.

A empresa, porém, afirmou que a medida não impacta os seus outros empreendimentos.

Ocean Flower Island ao largo da costa de Hainan. A Evergrande teria recebido ordens de demolir 39 prédios neste projeto. Fonte: Imaginechina Limited/Alamy/The Guardian.
O conjunto dos 39 prédios em construção a serem demolidos na Ilha de Haihua. Fonte: Huang Wanyin.

Crise imobiliária crescente

A China enfrenta há tempos uma crise no mercado imobiliário sem precedentes.

Em setembro do ano passado, construtores ficaram sem dinheiro para concluir 15 blocos de apartamentos na cidade de Kunming – os edifícios tinham o esqueleto em betão desde 2013, altura em que obras ficaram paradas por falta de pagamento da construtora, e apesar dos esforços para concluí-los, as autoridades decidiram avançar com a demolição após detectarem falhas estruturais.

Em relação aos 39 prédios da Evergrande, o governo de Danzhou apontou que o projeto violou uma lei nacional de planeamento urbano, e, por isso, ordenou a demolição.

Fontes:

China Evergrande shares suspended after order to demolish 39 buldings. The Guardian. 03 de janeiro, 2022.

A silenciosa suspensão das ações da Evergrande na bolsa de Hong Kong. Veja Abril. 03 de janeiro, 2022.

A incrível demolição de 15 arranha-céus inacabados na China em 45 segundos. Idealista/News. Setembro, 2021.

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