Na vasta extensão do espaço, os engenheiros constantemente ultrapassam os limites da inovação para fazer mais com menos.
A pequena espaçonave de hoje é equipada com sensores, sistemas de orientação e controle e eletrônica operacional, fazendo uso eficiente de todo espaço disponível.
Mas e se pudéssemos dar um passo adiante e revolucionar a forma como integramos a eletrônica nessas espaçonaves?
Recentemente, a engenheira aeroespacial Beth Paquette e a engenheira eletrônica Margaret Samuels, do Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland, embarcaram em uma missão audaciosa.
Elas procuraram provar a prontidão espacial da tecnologia eletrônica impressa, uma inovação revolucionária que poderia remodelar a forma como projetamos e construímos espaçonaves para futuras missões.
O conceito é simples, mas poderoso – em vez de módulos eletrônicos convencionais, elas desenvolveram circuitos impressos híbridos que podem ser fabricados diretamente na estrutura da espaçonave.
Esses circuitos eram tão finos que o olho humano nem conseguia discernir sua existência, com traços medindo apenas cerca de 30 mícrons, metade da espessura de um fio de cabelo humano.
Os benefícios potenciais dessa tecnologia são imensos, desde a economia de espaço valioso a bordo até o aprimoramento das aplicações de antena e radiofrequência.
Em 25 de abril, um foguete de sondagem voou para o céu a partir do Wallops Flight Facility da NASA perto de Chincoteague, Virgínia, carregando a carga que abrigava o experimento eletrônico impresso. Sensores eletrônicos de temperatura e umidade foram impressos na porta do compartimento de carga do foguete e em dois painéis anexados.
Ao longo de toda a missão do foguete de sondagem SubTEC-9, esses sensores monitoraram diligentemente as condições, coletando dados cruciais que foram transmitidos de volta à Terra.
O experimento bem-sucedido foi um esforço colaborativo. Colegas do Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Alabama, desenvolveram a tinta sensível à umidade essencial para os sensores impressos, enquanto parceiros do Laboratório de Ciências Físicas (LPS) da Universidade de Maryland foram responsáveis pela criação dos circuitos.
Fonte: Interesting Engineering.
Imagem de capa de Lutz Peter por Pixabay.