A Nakagin Capsule Tower, um edifício escondido em um canto do centro de Tóquio, Japão, que é composto de caixas empilhadas umas sobre as outras, é um favo de mel de vanguarda da era da ficção científica há muito admirado como uma obra-prima.
Agora, no entanto, está sendo demolido em um processo cuidadoso que inclui a preservação de algumas de suas 140 cápsulas, para serem enviadas para museus de todo o mundo.
Os preparativos estão em andamento há meses para limpar as áreas circundantes, para desmantelar com segurança o marco futurista, e o trabalho de desmontagem se iniciou no último dia 30.
Construído em 1972, o edifício de 13 andares incorpora a visão do chamado “metabolismo” de seu arquiteto Kisho Kurokawa: a ideia de que cidades e edifícios estão sempre mudando, refletindo a vida, no ritmo do corpo humano.
As 144 cápsulas individuais foram projetadas para serem substituídas a cada 25 anos, o edifício foi concebido para crescer e evoluir junto com a cidade de Tóquio, como um organismo vivo.
Embora impressionante na aparência e no conceito, o edifício não sobreviveu às diretrizes de construção modernas e precisou ser demolido.
Arranha-céus surgiram nas proximidades, superando Nakagin. Um desenvolvedor assumiu a propriedade em 2021.
Ele e outros estavam trabalhando juntos desde 2014 para salvar Nakagin, primeiro para evitar sua destruição e reconstruí-lo, mas eventualmente para transmitir seu legado como uma obra de arte. O projeto arrecadou dinheiro por meio de financiamento coletivo e lançou um livro, completo com fotos, em março, intitulado “Nakagin Capsule Tower: The Last Record”.
Já foram removidas várias cápsulas da torre até agora. No vídeo abaixo, que foi compartilhado no twitter, um usuário escreve: ‘A terceira cápsula foi separada do corpo principal!” Assista:
Qual o novo destino das cápsulas?
Graças aos esforços do projeto de preservação e regeneração, muitas das cápsulas serão adaptadas para se tornar um novo local para ficar, enquanto outras serão restauradas pela Kurokawa Architects & Associates e enviadas para museus ao redor do mundo.
Fontes: The Washington Post e Designboom.