Após um período de construção que se estendeu por quatro décadas, o Brasil concluiu a ferrovia Norte-Sul de 2.260 km, estendendo-se do porto nordestino de Itaqui, no estado do Maranhão, ao porto sudeste de Santos, em São Paulo.
A ferrovia destina-se a conectar o setor agrícola do Brasil aos mercados mundiais, e permitirá que agricultores dos estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais transportem safras comerciais como soja, milho e algodão para portos nas regiões sudeste e norte.
O Brasil exportou 54 milhões de toneladas de soja para a China em 2022, recebendo US$ 27 bilhões em troca.
O governo brasileiro disse em nota à imprensa que a ligação ferroviária formará um corredor logístico que atrairá investimentos e empregos ao longo de sua extensão.
Um longo período
O trabalho começou em 1986, mas não avançou muito até que o governo interveio em 2007 como parte de um esforço geral para fazer crescer a economia brasileira.
Em 2019, a Rumo, maior empresa de logística da América Latina, iniciou a operação do trecho sul do projeto, de 1.540 km, e investiu US$ 833 milhões em material rodante e terminais em São Simão e Iturama, além de Rio Verde.
Outras empresas de logística envolvidas na operação do sistema como concessionárias são a VLI e a estatal Valec.
O site de negócios BNAmericas observa que a linha estimulará uma maior extensão da rede ferroviária brasileira. Por exemplo, no ano que vem, o governo planeja lançar uma parceria público-privada para construir uma linha de 520 km entre Salvador, capital do estado da Bahia, ao sul, até o porto de Petrolina, no estado de Pernambuco.
Fontes: Global Construction Review e Agência Brasil.