Empresas internacionais estão transformando turbinas eólicas antigas em minicasas, unindo sustentabilidade e inovação para o futuro da habitação. Um dos modelos deste projeto inovador foi exibido na Dutch Design Week, na Alemanha.
O setor de energia sustentável acaba de ganhar uma novidade super criativa: a Vattenfall, empresa sueca de energia, em parceria com o estúdio de design Superuse, apresentou uma minicasa feita a partir de uma turbina eólica desativada.
Exibida na Dutch Design Week, na Alemanha, entre os dias 19 e 27 de outubro, essa “tiny home” é uma inovação que mistura sustentabilidade com design moderno. E o mais interessante é que o projeto usa uma das turbinas eólicas que operou por 20 anos na Áustria, mostrando como o reaproveitamento de materiais pode gerar soluções incríveis. Continue lendo para saber tudo sobre essas minicasas de turbinas eólicas.
O que são as minicasas de turbinas eólicas?
As minicasas de turbinas eólicas são construídas a partir da estrutura das turbinas desativadas. O modelo apresentado na Dutch Design Week é um excelente exemplo de como uma turbina eólica antiga pode ganhar uma nova vida, se tornando um espaço compacto e funcional. Com 4 metros de largura, 10 metros de comprimento e 3 metros de altura, essa tiny home oferece tudo o que uma pessoa precisa para viver confortavelmente: cozinha, banheiro e área de estar.
E a tecnologia não para por aí! A minicasa também é equipada com painéis solares, uma bomba de calor e um aquecedor solar, garantindo que a energia usada seja 100% renovável. Esse design inovador permite não apenas economia de espaço e energia, mas também é uma demonstração prática de como a economia circular pode transformar o setor de energia eólica.
Cerca de 10 mil turbinas eólicas usadas estão disponíveis atualmente e podem ser usadas para diversas finalidades
A ideia de transformar turbinas eólicas em minicasas faz parte de uma abordagem maior de economia circular. Ao invés de descartar as turbinas depois de seu período de uso, empresas como a Vattenfall estão buscando formas criativas de reaproveitá-las, dando uma nova utilidade para o material e evitando o desperdício.
Jos de Krieger, da Superuse, mencionou que atualmente existem pelo menos 10 mil turbinas usadas disponíveis globalmente, o que abre um leque de possibilidades para o desenvolvimento de novas soluções habitacionais e até para outras finalidades.
A Vattenfall já vem explorando outras aplicações para essas turbinas desativadas. Algumas ideias incluem criar plataformas flutuantes feitas com as lâminas das turbinas, o que poderia ser usado para criar áreas recreativas em lagos e rios. A empresa desenvolveu visualizações interativas sobre a transição energética, ajudando as pessoas a entenderem melhor o impacto das energias renováveis e o papel das turbinas eólicas nesse processo.
O desafio da reciclagem das turbinas eólicas
Embora a ideia das minicasas de turbinas eólicas seja incrível, o processo de reaproveitamento desses materiais não é tão simples. As turbinas são construídas para durar de 20 a 30 anos e enfrentam um grande desafio quando chega a hora de serem recicladas. Isso acontece porque a estrutura de uma turbina eólica é composta por materiais mistos, como fibra de vidro e resinas, o que dificulta a separação e o reuso.
Esse desafio de reciclagem impulsiona empresas e cientistas a explorarem soluções criativas e eficientes. Para a Vattenfall, é essencial desenvolver métodos de reaproveitamento que não apenas atendam às demandas ambientais, mas também ofereçam uma segunda vida para esses materiais.
O diretor de inovação da Vattenfall, Thomas Hjort, explicou que a busca por essas alternativas não só reduz o desperdício, como também prolonga a utilidade dos materiais, uma atitude essencial para promover a sustentabilidade.
Como funciona a minicasa reciclada?
A minicasa criada pela Vattenfall e Superuse é um ótimo exemplo de como a estrutura de uma turbina pode ser reaproveitada para criar um ambiente moderno e funcional. O modelo tem um espaço compacto, mas utiliza bem cada centímetro, garantindo conforto e praticidade. No interior, há áreas dedicadas para cozinha, banheiro e uma sala de estar, mostrando que mesmo uma estrutura originalmente industrial pode ser transformada em um lar.
Além disso, a tiny home é energeticamente autossuficiente. Equipamentos como painéis solares e aquecedores solares são instalados na minicasa para garantir um fornecimento contínuo de energia. Isso a torna ideal para quem busca uma vida mais sustentável, especialmente em locais remotos onde o acesso à rede elétrica pode ser limitado. Essa casa é uma excelente inspiração para futuros projetos de moradia sustentável, levando a sério o conceito de “menos é mais”.
Fonte: Click Petróleo e Gás