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6 megacidades futuristas planejadas para as próximas décadas

A população mundial continua a aumentar de forma exponencial. A estimativa da ONU (Organização Mundial das Nações Unidas) é de que, em 2050, o globo chegue próximo a 12 bilhões de pessoas.

Em paralelo, muitas metrópoles estão lutando para crescer, desenvolver e até apoiar os cidadãos dentro dos projetos urbanos atuais e tradicionais.

No entanto, a preocupação com uma crise habitacional mundial, juntamente com as mudanças climáticas, está estimulando as ambições para uma nova geração de cidades de altíssima tecnologia.

Separamos no post de hoje seis das cidades mais ambiciosas planejadas para serem construídas nas próximas décadas: uma mistura entre aproveitamento de espaço, tecnologia, engenharia e sustentabilidade.

The Line – Arábia Saudita

A joia Árabe The Line será nada mais nada menos do que o maior edifício do mundo em extensão.

Os projetos mostram uma megacidade em forma de edifício, totalmente espelhado e de 170 quilômetros de comprimento no deserto saudita.

A estrutura terá 500 metros de altura que abrigará nove milhões de pessoas no noroeste da Arábia Saudita, e faz parte do megaprojeto futurista Neom, de US$ 500 bilhões.

The Line promete ser uma cidade caminhável, sem carros e sem emissões de carbono, onde um sistema de transporte de alta velocidade ligará uma ponta da cidade à outra em 20 minutos.

The Line – Edifício principal espelhado, com 170 quilômetros de extensão. Fonte: Neom.

BiodiverCity – Malásia

O BiodiverCity é na verdade um desenvolvimento de 1.821 hectares em três ilhas artificiais, a serem construídas na costa da ilha de Penang, na Malásia.

Pelo projeto, cada ilha se assemelhará a um lírio gigante, e abrigará de 15.000 a 18.000 habitantes. Além disso, a cidade será totalmente conectada por uma rede de transporte autônoma sem carros.

Os edifícios serão construídos principalmente usando uma combinação de bambu, madeira e concreto produzidos a partir de materiais reciclados, com uma proteção ecológica ao redor de cada distrito para apoiar a biodiversidade.

A cidade também está sendo planejada para ser um destino de viagem global com 4,6 km de praias públicas e 600 acres de parques, além de uma orla de 25 quilômetros.

BiodiverCity projeto. Fonte: BIG arquitetura.

Telosa – Estados Unidos

Anunciado em setembro de 2021, Telosa é uma proposta de cidade concebida pelo bilionário Marc Lore (proprietário da NBA), para ser construída em algum lugar do deserto ocidental dos Estados Unidos.

Com uma população planejada de cinco milhões de pessoas, Telosa será uma “cidade de 15 minutos” onde todas as comodidades de escolas, locais de trabalho e bens e serviços estarão a 15 minutos de viagem das casas dos moradores.

Os planos são para que esta seja a cidade mais sustentável do mundo, onde não serão permitidos veículos movidos a combustíveis fósseis.

Telosa, no deserto dos EUA. Fonte: Projeto Telosa.

Nova Capital Administrativa – Egito

A Nova Capital Administrativa, também chamada de Capital City, faz parte de uma iniciativa maior para a Visão 2030 do Egito.

A nova capital ficará localizada a 45 quilômetros a leste do Cairo, onde abrigará até sete milhões de pessoas.

O projeto de financiamento privado cobrirá 700 quilômetros quadrados e incluirá 21 distritos residenciais e 25 distritos dedicados, 1.250 mesquitas e igrejas, fazendas de energia solar e um dos maiores parques urbanos do mundo.

Um dos principais impulsionadores dessa construção futurista foi aliviar o congestionamento no Cairo (atual capital), que tem uma população de mais de 10 milhões de pessoas e continua crescendo.

Uma renderização da Iconic Tower, edifício a ser construído junto com a Nova Capital Administrativa, no Egito. Fonte: Dar Al Handasah.

Woven City – Japão

A Toyota, a maior montadora do mundo, já iniciou a construção de uma cidade inteligente de 175 acres na base do Monte Fuji, no Japão.

Woven City será uma das primeiras cidades inteligentes do mundo que funcionará como um laboratório: uma comunidade totalmente autônoma projetada para testar novas tecnologias, como direção automatizada, robótica e inteligência artificial em um ambiente do mundo real.

A cidade será totalmente sustentável, alimentada por células de combustível de hidrogênio, onde as ruas de pedestres se cruzarão com aquelas dedicadas aos carros autônomos.

A madeira será o principal material de construção para reduzir a pegada de carbono e os telhados serão cobertos por painéis fotovoltaicos para gerar energia solar.

Nos próximos cinco anos, haverá uma população inicial de 360 residentes com planos para aumentar o número de residentes nos próximos anos. Inicialmente serão inventores, idosos e jovens famílias que testarão e desenvolverão tecnologias inteligentes.

Projeto da Woven City, já sendo construída no Japão. Fonte: Woven City.

Cidade Flutuante – Maldivas

Pelas projeções, com o aumento do nível do mar devido as mudanças climáticas, grande parte das Maldivas deve se tornar inabitável até 2050.

Em resposta, o governo do país fez uma parceria com arquitetos e engenheiros para projetar uma cidade flutuante que abrigará 20 mil pessoas em uma lagoa perto de sua capital.

Anunciado pelos arquitetos como “a primeira verdadeira cidade-ilha flutuante do mundo”, serão construídas 5 mil casas flutuantes baixas e será construída em uma série de estruturas hexagonais que se elevam com o mar.

O design da Floating City é inspirado no coral-cérebro, um tipo de organismo marinho semelhante ao cérebro humano. Fonte: Waterstudio/Dutch Docklands Maldives.

Fontes e referências: Dezeen e The National News.

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